O perigo oculto das fechaduras eletrônicas residenciais

As fechaduras eletrônicas, verdadeiras maravilhas da era digital, estão cada vez mais presentes em residências e escritórios. Prometendo conveniência e segurança, esses dispositivos se tornaram símbolos de modernidade e inovação. No entanto, como qualquer tecnologia conectada à rede, elas não estão isentas de riscos.

A crescente popularidade das fechaduras eletrônicas as coloca no centro de uma preocupante realidade: elas pode se tornar pontos vulneráveis e redes de dispositivos IoT (Internet das Coisas).

Hackers habilidosos veem essas fechaduras como portais diretos para invadir nossas casas e escritórios. Utilizando técnicas sofisticadas, eles pode explorar falhas no firmware ou software para obter acesso não autorizado.

Os ataques de força bruta são um exemplo comum, em que criminosos tentam inúmeras combinações de senhas até encontrar a correta.

Além disso, se a comunicação entre a fechadura e outros dispositivos não estiver adequadamente criptografada, dados sensíveis podem ser interceptados, permitindo que hackers capturem senhas ou comandos de abertura.

Outro ponto vulnerável das fechaduras eletrônicas são as teclas numéricas, frequentemente usadas para inserir códigos de acesso. As manchas de gordura deixadas pelas impressões digitais podem revelar padrões de entrada de senha.

Hackers podem analisar essas manchas para deduzir combinações prováveis, especialmente se o código for curto ou seguir um padrão repetitivo.

A tecnologia de reconhecimento biométrico, como impressões digitais, ou reconhecimento facial, também podem ser exploradas. Sistemas que não são suficientemente robustos podem ser enganados por impressões digitais falsas ou imagens de alta resolução, permitindo o acesso não autorizado.

Embora as fechaduras eletrônicas ofereçam conveniência, as tradicionais fechaduras físicas ainda têm o seu valor. Elas não são suscetíveis aos ataques cibernéticos, embora também apresentem seus próprios riscos, como arrombamentos e chaves copiadas.

Porém, elas funcionam, independentemente de energia ou conectividade, aspectos que podem ser críticos e situações de falha de energia ou problemas de rede que afetem as fechaduras eletrônicas.

Para aqueles que optam por fechaduras eletrônicas, adotar medidas de mitigação é essencial. Manter o firmware e software sempre atualizados é um passo fundamental para corrigir vulnerabilidades. Utilizar criptografia forte para a comunicação entre dispositivos IoT pode proteger contra a interceptação de dados.

Além disso, é crucial escolher senhas longas e complexas, evitando padrões óbvios. Limpar regularmente as teclas numéricas para remover manchas de gordura pode prevenir a dedução de códigos de acesso.

Avaliar os riscos específicos do ambiente e considerar uma combinação de fechaduras digitais e físicas pode oferecer uma cota extra de segurança.

Ficar atento às vulnerabilidades e agir de maneira informada é a chave para uma experiência segura e confiável com essa tecnologias.

Autor: Eduardo Pinheiro, consultor de tecnologia da informação

Publicação original: A Tribuna